

Isso é a mais pura verdade, tanto que na Vanity Fair, um dos títulos para a matéria sobre ela no site da revista é exatamente esta expressão: "Gisele sells". E mostram um porfólio com fotos da über model em muitas de suas páginas.
Confere!
Vamos conhecer a história de Emilio Pucci?
Era uma vez um marquês que se tornou alfaiate. À primeira vista, a história de Emilio Pucci soa como um conto de fadas ao contrário. Membro de uma das famílias mais antigas da aristocracia italiana, nasceu em 1914, carregava o título de marquês de Barsento e cresceu em um palácio com paredes cobertas por pinturas de Botticelli, Rafael, Donatello e Leonardo da Vinci – local que se tornaria também palco de seus desfiles e um dos símbolos da griffe que leva seu nome.
Nos anos 40 e 50, a alta costura francesa dava as cartas na moda. A época foi marcada pelas silhuetas estruturadas de Chanel e Givenchy e as cinturas marcadas do new look de Christian Dior eram sucesso mundial. As criações de Pucci, por outro lado, valorizavam a exuberância física e eram concebidas para libertar as mulheres das roupas incômodas. Tudo com muito conforto e fluidez.
Enquanto na alta costura parisiense a mulher era uma imagem estática, impecavelmente vestida, Pucci propunha roupas mais vaporosas, sem peso, volume e acúmulo de camadas. Suas peças eram leves, confortáveis e descomplicadas, porém sofisticadas, já que contavam com tecidos especiais e coloridos, além de estampas e bordados marcantes.
Estampas com motivos estilizados e repetidos, além de formas abstratas e geométricas fizeram a fama de Pucci e se tornaram a sua marca registrada. Por conta disso, ficou conhecido como "Prince of prints" (do inglês, “príncipe das estampas”).
O marquês estilista também criou vários tecidos - um exemplo é o jérsei de seda, que patenteou como Emilioform, composto por 45% de xantungue e 55% de náilon. Graças a uma estreita colaboração com a indústria têxtil italiana, desenvolveu tinturas de tons inéditos, além de tratamentos especiais em algodões e sedas.
Suas coleções freqüentemente foram inspiradas em pessoas ou locais. A ilha de Capri, por exemplo, teve grande importância no começo da carreira. A coleção de verão de 1966, intitulada Vivara, ilha próxima a Capri, obteve grande destaque por conta das estampas que constituem a síntese gráfica mais abstrata realizada por Pucci. O mesmo nome foi escolhido para o recém-relançado perfume do estilista, com toques mais modernos, mas com aromas marcadamente italianos.
No final dos anos 60, no entanto, Pucci passou a privilegiar lugares cada vez mais distantes como Indonésia, África e América do Sul. Além de estampas com novos temas, as roupas ganharam formas mais exóticas, como túnicas, sarongues, saias compridas e amarradas na cintura.
Em julho de 1962, Pucci lançou sua primeira coleção de alta costura, pensada para mulheres de ombros e quadril estreitos, seios pequenos e pernas compridas, cujo retrato era a então primeira-dama dos Estados Unidos, Jacqueline Kennedy. Dois anos depois, em uma linha dedicada à África, Pucci protestou contra o racismo frente ao governo norte-americano ao convocar modelos negras para o desfile.
Após décadas de auge absoluto, a casa Pucci viveu um período menos vibrante em parte das décadas de 70 e 80. Um dos motivos foi a recusa de Pucci de descentralizar a produção, sem falar nos rumos da moda daquela época, muito distantes do seu padrão.
Antes de morrer, no entanto, ainda pôde observar o renascimento de seu estilo. No final dos anos 80, as inconfundíveis estampas voltaram novamente à moda e suas antigas criações tornaram-se desejadas como peças vintage. A popstar Madonna, a designer Paloma Picasso, a topmodel Claudia Schiffer e a atriz Isabella Rossellini foram algumas das personalidades que embarcaram nesse resgate do mago das estampas.
Como identificar uma peça Pucci?
Estampas de formas abstratas e geométricas ultracoloridas
Bordados marcantes
A seda como tecido favorito para imprimir suas estampas
Roupas leves, confortáveis e descomplicadas
Criações não estruturadas, que valorizam a exuberância física
Tecidos especiais (por vezes até patenteados)
A impressão da assinatura à mão “Emilio” em todas as estampas
Como se fala?
“E- MÍ-lio PÚ-ti”. O “Emílio” é normal e o sobrenome requer um cuidado mais, já que, por conta do idioma italiano, a sílaba “-cci” vira “ti”.